O futuro de Resident Evil nos portáteis

O futuro de Resident Evil nos portáteis

Resident Evil: Revelations, que chega às lojas americanas na semana que vem e já está disponível no Japão e Europa, pode ser considerado a primeira empreitada “real” da Capcom no mundo dos portáteis. É um game completo, com alto valor de produção e uma trama digna de qualquer outro episódio da cronologia central.

Ele também pode significar a abertura de um novo caminho para toda a franquia. Aos moldes de jogos como Killzone ou Uncharted, a Capcom pode passar a investir em Resident Evil não apenas nos consoles de mesa, um terreno que já domina, e passar a tentar algo com os portáteis.

Experiencia não aplicada

Apesar de não ser uma novata nos consoles portáteis, a Capcom nunca aproveitou seu conhecimento com as plataformas para lançar games da série Resident Evil. Antes de RE: Revelations, a série havia desembarcado nos consoles de mão apenas duas vezes.

A primeira delas foi em 2001, quando a empresa lançou Resident Evil Gaiden para o Game Boy Color. Originado do desenvolvimento de uma versão do primeiro game da série para o console, o título não foi produzido internamente, e sim, foi responsabilidade do estúdio europeu M4. Apesar de ter Leon e Barry como protagonistas, o game não faz parte da cronologia da série e apresenta uma série de conceitos que nunca seriam reutilizados.

O futuro de Resident Evil nos portáteis

Em 2008, o primeiro título da saga finalmente ganhou sua versão portátil com Resident Evil Deadly Silence. Apesar de trazer gráficos remodelados e modos inéditos, o título passa longe de trazer algo de novo à franquia nem representa uma chegada definitiva da série aos consoles.

Ainda, durante a E3 2009, a desenvolvedora anunciou Resident Evil Portable, game que traria a série pela primeira vez ao PSP. O título, porém, jamais teve nenhuma informação divulgada e seu destino é desconhecido até hoje.

Enquanto isso, a Capcom tinha times desenvolvendo games que são praticamente exclusivos dos portáteis. A série Monster Hunter, apesar de ter surgido no PlayStation 2, é considerada por muitos como o “Pokémon do PSP”, acumulando legiões de fãs e vendendo milhares de cópias principalmente no Japão.

Mega Man também tem séries dedicadas inteiramente aos portáteis. É o caso de Battle Network, Zero, ZX e Star Force, games que também contam com muitos seguidores e são exclusivos de consoles de não da Nintendo.

Uma possível concorrência

Mesmo com a chegada recente do Nintendo 3DS e do PlayStation Vita, muitos taxam o mercado de portáteis como moribundo. Para analistas, os usuários de consoles de mão devem, pouco a pouco, preferirem os smartphones e tablets como plataforma preferida, deixando os video games de lado em nome da praticidade de ter vários tipos de aparelhos em um só.

O foco cada vez maior desse tipo de dispositivo também auxilia para que essa batalha seja ferrenha. Temos, por exemplo, o ótimo Sony Ericsson Xperia Play, que conta com um joystick acoplado, ou o Project Fiona, tablet da Razer capaz de rodar games como Assassin’s Creed: Revelations. E estes são apenas dois exemplos de uma infinidade possível.

Enquanto isso, fabricantes de consoles de mão refutam que estão perdendo mercado. Para o presidente da Sony europeia, Jim Ryan, as boas vendas do Nintendo 3DS no Japão mostram que os usuários ainda querem esse tipo de dispositivo. Todos também concordam em uma coisa: dificilmente celulares e tablets proporcionarão a mesma experiência que um aparelho dedicado exclusivamente a games.

O futuro (possível)

Caso o sucesso de crítica de Resident Evil: Revelations também se reflita em vendas, a Capcom pode enxergar o mercado de consoles portáteis como promissor. Isso, claro, levando-se em contas que as vendas desse tipo de video game continuem altas e que eles permaneçam nas listas de desejos dos gamers.

Resident Evil: Revelations pode iniciar uma nova série de spin-offs, assim como a série Chronicles no Nintendo Wii ou os Survivors nas duas primeiras gerações do PlayStation. Com títulos mais objetivos e fechados, a Capcom pode se focar em aspectos bastante específicos da trama ou lidar com incidentes de contexto, que acrescentariam novos fatos à cronologia central.

Capcom pretende agradar fãs do terror clássico da série

Uma primeira consequência possível seria o retorno de Resident Evil Portable, game que, de acordo com o vice-presidente da Capcom, Christian Svensson, ainda tem um futuro indefinido. O título, porém, seria transferido para o PlayStation Vita, uma vez que o PSP já se encontra em seus meses finais de vida.

Ainda falando no novo portátil da Sony, ele seria uma boa plataforma na qual a Capcom poderia investir em inovação. Apostar nesse tipo de tecnologia não é bem uma característica da empresa, mas, com o incentivo certo (entenda acordos financeiros), a empresa se veriam bastante focada em utilizar as superfícies de toque para criar algo novo, assim como já fez com o Nintendo 3DS.

O futuro de Resident Evil nos portáteisNo portátil da “Big N”, o foco no terror poderia continuar para além de Resident Evil: Revelations, com novos games utilizando os efeitos tridimensionais para ampliar a imersão. Novas possibilidades também poderiam ser abertas, com recursos como a realidade aumentada ou o StreetPass sendo usados de maneiras inovadoras.

Se tudo der certo, o anúncio de novos games para plataformas portáteis parece certo. Provavelmente saberemos a continuação desta história no final do ano, após a chegada de Resident Evil 6 às lojas.

Este artigo foi baseado em uma ideia enviada pelo leitor Caio Soares.


Tags: , , , , ,

Autor: Felipe Demartini Ver todos os posts de
Felipe Demartini (Evil Shady) trabalha com sites de Resident Evil desde 2000. É jornalista e descobriu nos games a melhor combinação entre trabalho e diversão.

10 Comentários em "O futuro de Resident Evil nos portáteis"

  1. jamison 28/01/2012 at 18:53 -

    o futuro de re no portatil da sony é incerto. A capcom n desmostra interesse nenhum no resident evil portable^^

  2. re 28/01/2012 at 19:58 -

    Eu acho q os games q influenciem bastante na trama como Revelations devem ser lançados para os consoles de mesa.Pq muita gente q tem Ps3 ou Xbox 360 não tem condições para comprar um portatil(Meu caso).

  3. Skyblack 28/01/2012 at 19:58 -

    Shady acho que você quis dizer que Résident Evil Gaiden foi lançado em 2001.

  4. Skyblack 29/01/2012 at 01:34 -

    Olha só o Firefall ali, imaginei que seria somente para pc..

    • Skyblack 29/01/2012 at 01:40 -

      A justificativa para estar rodando Firefall é simples o Project Fiona é equipado com um processador Intel Core i7 da geração Ivy Bridge e é baseado em Windows 8.

  5. José Mac 29/01/2012 at 16:31 -

    O futuro nos portáteis eu não sei, mas com títulos como revelations, eles deveriam ser relançados pouco tempo depois para os consoles de mesa, como fizeram com a série Siphon Filter naquela questão psp-ps2.
    Não deveriam se restringir apenas aos portáteis títulos com tramas aparentemente importantes para a série como a de Revelations.

    • Dalmacio JR . 27/02/2012 at 17:23 -

      E verdade eles lançam um jogo importante como vc citou que é o RE: Revelations e não relançam para consoles de mesas fico triste por essa parte 🙂

  6. anonimo sem sobrenome 30/01/2012 at 19:00 -

    AaAaAaAaAaAaAaA para de critica so porque tao querendo fazer os jogos portateis nao vao para de faze de mesa que isso

  7. Dan biohazard 09/02/2012 at 11:57 -

    Fato é que só comprei o 3DS pra jogar Revelations

    • Dalmacio JR . 27/02/2012 at 17:25 -

      Então a questão e essa vc comprar um 3DS so para jogar os Residentes Evils que tem nele… 🙂