Em 1999, a Capcom ainda colhia os frutos do sucesso repentino da franquia Resident Evil. O segundo game da série havia chegado às lojas um ano antes e continuava a acumular recordes de vendas e boas críticas de fãs e da imprensa especializada. Em vez de partir logo para o terceiro jogo e correr o risco de tornar sua série repetitiva, a desenvolvedora preferiu seguir por um caminho diferente.
Foi assim que nasceu Dino Crisis, um projeto autoral do criador de Resident Evil, Shinji Mikami que foi lançado em julho de 1999. Aproveitando-se de boa parte dos conceitos já estabelecidos pela sua obra-prima, o designer criou o “Panic Horror”, variação do survival horror na qual o medo não vem da antecipação ou do desconhecido, e sim da sensação de se estar cercado de criaturas que podem te dilacerar com pouquíssimos ataques.
Trocando os zumbis pelos dinossauros, Mikami apresentou ao mundo um game extremamente sombrio, no qual o jogador é colocado em uma posição de fragilidade extrema perante seus inimigos. Aqui não estamos falando de meros humanos transformados, e sim, de caçadores extremamente ágeis, fortes e com muito desejo de sangue. Quando se enfrenta um Tiranossauro Rex, o combate com armas comuns não é bem a melhor opção.
A trama tem como a agente Regina como protagonista. Enviada a um país fictício com a missão de resgatar um cientista que havia sido dado como morto, ela acaba encontrando uma região habitada por dinossauros, trazidos diretamente do passado após falhas na utilização da Terceira Energia, um projeto que visava a criação de um método infinito de geração de eletricidade.
Troca de experiências
A Capcom estabeleceu uma relação simbiótica entre Resident Evil e Dino Crisis. Ao mesmo tempo em que o novato emprestava conceitos já consagrados nos jogos de survival horror, o título também servia como plataforma de testes para inovações que, muitas vezes, vieram a aparecer em títulos posteriores da série de Mikami.
Um exemplo disso, por exemplo, é a utilização de cenários tridimensionais. Apesar de ainda contar, em sua maioria, com a tradicional câmera fixa e os ambientes pré-renderizados, Dino Crisis introduziu áreas nas quais a visão do campo se movimentava junto com o jogador. Isso permite, por exemplo, que o usuário seja acompanhado bem de perto enquanto atravessa um longo corredor, ao mesmo tempo em que é perseguido por uma criatura.
O estilo de controles, porém, é exatamente o mesmo visto em Resident Evil. Para disfarçar os loadings e dar uma impressão de continuidade, a Capcom também utilizou animações de abertura de portas. Desta vez, a protagonista é mostrada pelas costas enquanto as atravessa. Ainda, a utilização de locais específicos para salvar o jogo também é reminiscente da franquia de zumbis.
A utilização de “baús” também aparece como um elemento constante da jogabilidade de Dino Crisis. Aqui, porém, a Capcom realizou uma pequena diferenciação, usando um sistema de cores para sistemas diferentes de armazenamento e a necessidade de usar itens para “desbloquear” sua utilização.
Andar e atirar ao mesmo tempo é um pedido constante de fãs e imprensa especializada, que foi realizado apenas em 2011 com a chegada de Resident Evil: The Mercenaries 3D. Em 1999, porém, Dino Crisis já dava sinais de que a Capcom não ignorava essa possibilidade e pensava em maneiras de aplicá-la à realidade de suas franquias.
A personagem principal do game, Regina, não consegue disparar e caminhar ao mesmo tempo, mas é capaz de andar com a arma em punho. Tal adição, além de deixá-la mais preparada para qualquer ameaça que possa ser encontrada pela frente, também é um fator a mais para aumentar a tensão. Mesmo de pistola em punho, o jogador sabe que aquele equipamento não será páreo para um possível ataque de Velociraptor. Ainda assim, é melhor estar pronto para isso do que ser pego de surpresa.
Ao mesmo tempo, a Capcom reutilizava diversos elementos visuais e sonoros em Dino Crisis. Com olhar e ouvido atentos, é possível flagrar portas, efeitos sonoros e elementos do cenário que são exatamente os mesmos vistos em Resident Evil. A trama também carrega semelhanças e trata de experimentos científicos que deram errado e investigações por agentes especializados. As similaridades do enredo, porém, param por aí.
Uma última grande novidade viria a aparecer apenas em Dino Crisis 2, sequência lançada em 2000. Enquanto Resident Evil levaria quatro títulos centrais e uma série de spin offs para se transformar em um jogo de ação, o segundo game com os dinossauros já transformou completamente as bases da recém-nascida franquia.
Dino Crisis 2 se transformou em um game de ação, porém, sem perder o estilo de jogabilidade e o posicionamento estático da câmera. Para compactuar com a ferocidade dos inimigos e habilidade dos agentes treinados que servem como personagens, a Capcom deixou os controles muitos mais fluídos, aumentou a quantidade de munição e deixou tudo mais frenético.
Ainda, o segundo game dos dinossauros também implementou um sistema no qual era possível utilizar uma arma secundária a qualquer momento, sem a necessidade de acessar o inventário e ao toque de um botão. A machete de Dylan e a Stungun de Regina também serviam para resolver alguns enigmas durante a aventura. Tal aspecto veio a aparecer mais tarde em Resident Evil 4.
Uma péssima decisão
Aclamado pela crítica e público, o primeiro Dino Crisis viria a se tornar o 11º game mais vendido da história da Capcom, acumulando 2,4 milhões de unidades vendidas em todo o mundo, apenas na versão PlayStation. Os ports para PC e Dreamcast, apesar de não apresentarem o mesmo sucesso, também tiveram bom desempenho.
O sucesso também acompanhou Dino Crisis 2, considerado por muitos como o melhor da franquia, por ser mais original que seu antecessor. O game vendeu 1,19 milhão de cópias em todo o mundo e teve versões para PC e PlayStation 3 / PSP, por meio da PSN.
Com a decisão de levar Resident Evil exclusivamente para os GameCube, Dino Crisis 3 acabou sendo alvo de um acordo semelhante. Ao levar o game para o Xbox, a Capcom acabou modificando completamente os rumos da saga mais uma vez. A trama passada em um futuro distante e os dinossauros geneticamente modificados não agradaram o público e a imprensa, críticas que se refletiram nos resultados financeiros do título. Ao todo, cerca de 150 mil unidades do game foram vendidas em todo o mundo.
O péssimo desempenho deixou a franquia em um hiato indefinido. Segundo Christian Svensson, vice-presidente da Capcom americana, não existe um desejo de trazer o game de volta entre a equipe de desenvolvimento, apesar de o assunto surgir em reuniões de planejamento.
Tenho uma paixão muito grande por Dino Crisis, acho que uma paixão maior que por Resident Evil.
Sonho com o “DC4”, mas teria que ser feita uma grande adaptação para a serie nos dias de hoje. O mais correto seria inserir o gameplay do RE4 e 5 no DC4 para ter uma aceitação geral (gamers tradicionais e novatos).
Quem sabe algum dia voltemos a matar dinos.
oi sac sou um legitimo fan de resident evil e entro aqui no site justamente po isso eu e meu amigo fizemos um blog camado theclassicsgamesglobspot.com faremos uma materia sobre orc e analises de resident evil 4 e 5 conto com vcs
Amo Dino Crisis. Como survival horror o primeiro é superior a qualquer Biohazard (e não me é fácil dizer isto). É brilhante, simplesmente brilhante. Não percebo o desinteresse nesta série. Já fiz o 1 e o 2 tantas vezes que já sei os códigos para as portas de cor.
Pena a demora de uma continuação … Dino Crisis 1 principalmente o 2 jogava mais do que os RE pra psone. o controle rápido e a forma de usar uma arma segundaria tornava o jogo rápido, fiquei tão viciada em Dino Crisis que ganhei reflexo contra raptores, era ação pura a corrida contra triceratopes era o melhor e mais emocionante (receita que vi em RE5) , a faca em dino crisis era de muito ajuda já em RE a faca não cortava nem mantega rsrs correr e atirar em Dino crisis era muito ação RE salvei por causa da historia, matar mais comportado eu diria!. Quero ver se a Regina volta o tempo e salvará Dylan e Paula ela estava com um CD misterioso…prometeu que iria voltar! quero uma continuação com ela como principal denovo!
Tenho Dino Crisis 2 como melhor jogo de PsOne acompanhado por Resident Evil e Metal Gear Solid
Até achei interessante o 3, só isso…de resto foi bem fraco, espero um reboot…
Opa e não podemos nos esquecer que um Dino Crisis surgiu também para PS2, na forma da série Survivor da Capcom: Gun Survivor: Dino Crisis (japão) e Dino Stalker (USA).
Considerando que Dino Crisis 3 é tão ruim a ponto de desistir de produzir a série, a capcom poderia nos presentear com um novo jogo partindo da linha de DC 2 e suas características, como outros já disseram, as vezes joguei mais Dino Crisis do que RE por sua ação mais dinâmica e diversão.
eu sou fanática em REVIL mais gosto um pouco do DC e eu tenho o DC é está funcionando mais gostei do artigo 😀
Foi legal lembrar d Dino Crisis com esse post, q ficou bem bacana. Quando joguei o Dino Crisis 1, há alguns anos atrás, eu acabei ficando com fobia d dinossauros XDDD Isso mesmo, fobia! Isso é um forte sinal d q o game cumpre mto bem seu papel, nunca senti tanto pânico até hj jogando qualquer outro game, mas depois acabei perdendo essa fobia com Dino Crisis 2, q sem dúvidas é um dos melhores games do PS1, q tb tem cenas em CG sensacionais q se equivalem apenas as d Parasite Eve 2 dentro da plataforma PS1. Pena q Dino Crisis tenha parado no 3, eu gostaria q a CAPCOM continuasse com a história da Regina.
Considero DC 2 um dos melhores jogos de PS1, senão o melhor.
Uma pena a CAPCOM fazer a cagada com aquele 3 e parar de vez com a série, que era tão boa.
Dino Crisis merece uma retomada, seja uma continuação seguindo a linha do 2, ou pelo menos um remake.
sem comentarios o dino era emocionante e aterrorisante ao mesmo tempo
esse jg e demais apesar de nao ter zerado ele e de mais ele mim deixa com isomia com vontade de jogar mais . isso e de mais vc nao nao acha.nossa e e dos melhores jg q ja joguei de ddddddddddddddmais
”Com a decisão de levar Resident Evil exclusivamente para os GameCube, Dino Crisis 3 acabou sendo alvo de um acordo semelhante. Ao levar o game para o Xbox, a Capcom acabou modificando completamente os rumos da saga mais uma vez. A trama passada em um futuro distante e os dinossauros geneticamente modificados não agradaram o público e a imprensa, críticas que se refletiram nos resultados financeiros do título. Ao todo, cerca de 150 mil unidades do game foram vendidas em todo o mundo.”lt;—sês não tem noção do gosto que deu eu ler isso.passei longos anos esperando o dino crisis 3 no play 2 e nada ¬¬#039;