A revista Retro Gamer, que trata apenas de jogos antigos, publicou um making of de quarto páginas sobre Resident Evil Gaiden, game da série lançado em 2002 para o Game Boy Color. O título marcou a primeira vez em que a Capcom “terceirizou” a produção de um game da série para um estúdio ocidental (mesma situação que acontece agora com RE: Operation Raccoon City). No caso, o desenvolvimento do título foi responsabilidade da empresa britânica M4.
A reportagem conta que o desenvolvimento do título se iniciou após o cancelamento de uma versão de Dino Crisis para o portátil da Nintendo. Para a Capcom, porém, a engine criada pela M4 era boa demais para ser desperdiçada, e a interrupção na produção do port do primeiro game da série para o portátil motivou ainda mais a parceria. “Vimos a primeira tentativa [deles]. Todos nós rimos – era o perfeito exemplo de como não produzir um jogo portátil”, explica Tim Hull, produtor e designer de Gaiden.
Tim conta ainda que a Capcom influenciou muito pouco durante o desenvolvimento, indicando apenas as linhas gerais da história e certos parâmetros que deveriam ser seguidos. De resto, o estúdio tinha liberdade total para fazer o que quisesse, principalmente no departamento artístico. De acordo com ele, Shinji Mikami ficou particularmente impressionado com o sistema de combates em primeira pessoa.
A revista termina definindo Resident Evil Gaiden como um clássico impressionante, e o define como “a perfeita desconstrução de algo tecnicamente mais avançado”.
Via Biohaze.
É estranha a opinião da Retro Gamer, principalmente por ir contra as análise da época. Resident Evil Gaiden não foi um ótimo jogo e, em sua grande parte, é extremamente frustrante, principalmente devido ao sistema de combates que deixou Mikami tão impressionado e à pouca possibilidade de exploração dos cenários. O port do primeiro RE foi cancelado por uma razão, que deve ser mais ou menos a mesma pela qual este game também nunca deveria ter saído: ele simplesmente não é divertido, apesar de levar as capacidades do Game Boy ao máximo.
Eles esforçaram-se o mais que puderam e não desgostei mas sim, o mero facto da plataforma ser GBC retira toda a seriedade esperada da franquia. Torna o jogo muito limitado. A primeira pessoa impressionou-me por ser a melhor forma de produzir terror (no meu entender) e o facto de termos de pressionar no momento certo para acertar deve dever-se a isso. Já o facto dessa dificuldade aumentar consoante o poder de fogo é mais irritante que terrorífico.
Mas por outro lado posso jogar com Barry! How cool is that?