A versão para iPhone de Resident Evil: Degeneração é o primeiro e único game baseado em filme da série lançado pela Capcom até agora. Para se aproveitar de um público mais diversifiicado — já que o apelo de um longa é bem maior que o de um jogo — e de um mercado emergente, a desenvolvedora decidiu lançar o título não para um console de mesa ou portátil, mas sim para o iPhone. A plataforma, em maio de 2009, já havia demonstrado seu grande potencial para jogos.
A ideia aqui é oferecer uma versão simplificada, porém consistente, da experiência que foi encontrada pelos jogadores de consoles. Abrir novos horizontes para a franquia Resident Evil, agradar àqueles que gostariam de levar a série para qualquer lugar e atrair novos fãs, que podem ver seus celulares como uma porta de entrada para os games principais.
Pior do que um “tanque”
Os comandos de Resident Evil: Degeneration são basicamente os mesmos de sempre. O personagem é controlado por uma alavanca analógica e um botão faz com que ele saque a arma para atirar. Ao mirar, um segundo faz com que o protagonista dispare enquanto outro faz uso da faca. Tudo aquilo com o que estamos acostumados está presente no game para iOS, mas com uma diferença muito importante: os dispositivos da Apple não contam com botões.
A tela de toque do iPhone, apesar de ser uma das mais precisas e responsivas do mercado, simplesmente não consegue se aproximar da experiência de se ter um controle nas mãos. Controlar o personagem com o analógico exibido na tela não é tarefa das mais fáceis e a falta de uma resposta tátil faz muita falta. Aqui, a utilização de um acessório como o Fling, por exemplo, melhora a experiência consideravelmente, apesar de esconder parte da tela.
Os problemas também aparecem na hora de enfrentar inimigos. Aqui, há um dilema sério. Tentar atirar nos clássicos zumbis de longe causará um absurdo desperdício de balas devido à pouca precisão do analógico digital. Por outro lado, a aproximação traz consigo uma possibilidade maior de ser atingido e, apesar do game contar com um sistema semiautomático que corrige o posicionamento da mira, os problemas na movimentação não propiciam uma fuga rápida. No combate contra inimigos mais rápidos ou chefes de fase, é impossível não sofrer dano e ser efetivo nos ataques.
Visual competente
Apesar de não se aproximarem do potencial máximo do iPhone, os gráficos de Resident Evil: Degeneration são bastante adequados à proposta. A Capcom, apesar de não ter investido em detalhes ou texturas variadas para os cenários, conseguiu criar com muito pouco uma ambientação interessante, que deixa o game sombrio e ameaçador.
Leon aparece com texturas detalhadas e de boa qualidade que, em alguns momentos, chegam a lembrar um pouco os primórdios do PlayStation. Para os inimigos, porém, tais características são válidas apenas aos chefes de fase, já que zumbis e sobreviventes aparecem com modelos menos apurados e bem mais simples. Ainda assim, a diferença técnica não causa grande estranheza aos olhos do jogador.
Tedioso e pouco variado
Resident Evil: Degeneration segue a mesma fórmula do longa que o originou. Leon Kennedy é enviado para o aeroporto da cidade de Harvardville, cenário de um incidente viral após a queda de um avião de passageiros. Comunicando-se por rádio com Ingrid Hunnigan, o agente deve garantir a segurança dos sobreviventes e dar um fim à ameaça que tomou conta do local.
Dizer isso, na verdade, é superestimar a “trama” do título. Ela praticamente inexiste e as comunicações com Hunnigan se resumem a informações rasas e desinteressantes sobre o próximo objetivo. Não existem reviravoltas nem momentos surpreendentes ou empolgantes. E se você jogar com Claire durante a aventura, pode tirar o cavalinho da chuva.
O mesmo vale para a jogabilidade, que também se desenrola de maneiras extremamente monótonas e pouco inventivas. Apesar dos inimigos variarem um pouco — o título conta com tipos diferentes de zumbis além de Cerberus e Tyrants —, os objetivos normalmente se resumem a seguir do ponto A ao ponto B para obter uma chave e abrir a porta C, onde está um grupo de sobreviventes. Depois, o usuário deve fazer a mesma coisa em outra área do aeroporto. E de novo. E sucessivamente.
Assim como em Resident Evil 4, Degeneration também conta com um sistema de compra, venda e upgrade de armas. Mercenários espalhados pelo aeroporto decidiram lucrar com a tragédia de Harvardville e comercializam todo o arsenal que será utilizado por Leon. O sistema continua tão intuitivo como sempre e incentiva a exploração e combate.
Chega de insistir no erro
A saga de Resident Evil nos dispositivos iOS começou com Resident Evil 4, foi aprimorada em RE: Degeneration e, em 2011, recebeu uma nova edição com Resident Evil Mercenaries Vs. Todos os jogos, porém, insistem em um mesmo erro: tentar transportar completamente a experiência dos consoles para os dispositivos da Apple.
Na tentativa de se criar controles e dinâmicas semelhantes às já aplicadas nos joysticks, a Capcom perde a oportunidade de aproveitar recursos bem interessantes do aparelho, como a tela sensível ao toque e o acelerômetro. Títulos como a série Chronicles, por exemplo, cairiam como uma luva nestes aparelhos e, com seu ritmo acelerado e conciso, ofereceriam uma experiência muito mais digna de Resident Evil do que o jogo baseado em Degeneration.
Apesar de todas as críticas negativas desta análise, o baixo preço do game ainda pode ser um atrativo, aliado à perspectiva de se ter um Resident Evil “quase de verdade” no bolso. Tal ideia é verdadeira mas o único efeito causado por RE: Degeneration é a esperança de que, um dia, a Capcom consiga criar um jogo que faça jus ao nome que carrega.
Resident Evil: Degeneration para iPhone pode ser comprado por meio da Apple App Store. O game também está disponível para celulares da Samsung que rodem o sistema operacional Bada.
Esta análise foi escrita em memória de Steve Jobs, um dos maiores gênios que a tecnologia e o mundo contemporâneo já conheceram. Sem ele, o game analisado aqui, e tantos outros, não existiria e a própria indústria seria bem diferente do que ela é hoje.
SENHOR EVIL SHADY, FAÇA MATERIAS E REVIEWS DE JOGOS QUE JA JOGOU.. JA PEGOU NAS MAOS E JA TESTOU..
FAZER ANALISES BASEADAS EM OUTRAS ANALISES, E POR VIDEOS, É BEM CRU E DE NADA SERVE NO FINAL DAS CONTAS.
PARA AVALIAR, TEM Q TESTAR, AO VIVO.
FALOW.
Eu te mandaria uma foto minha segurando um iPod Touch com o game rodando mas me lembrei que não preciso provar nada pra ninguém.
Falou pouco mas falou bonito hehe
Quem disse que ele não jogou? o_O
Tem cada sem noção… não faria sentido nenhum fazer uma analise sem experiementar por si própio… Gostei da sua resposta no primeiro comentário -Evil Shady- ;D
HAUAHAUAHUAAHUA
Povo doido… Interessante o que falou Shady sobre o controle do Iphone. Joguei ele no Nokia (onde o game foi originalmente lançado no tal do n-game) e dava pra jogar sussa. Mas tinha o mesmo problema de atrirar a distancia.
Mas o jogo do N-Gage não é só aquele em primeira pessoa?
Então Shady saiu 3 versões do Degeneration. Para celulares Nokias mais simples (5200 e similares) fizeram ele em primeira pessoa em que vc vai pegando missões etc. Para celulares Nokia um pouco mais potentes (Nokia Xpress Music e superiores por exemplo) sai uma versão do Degeneration com o mesmo esquema de missão do em primeira pessoa, mas com visão em 3º. O Leon em 3D andando por algumas salas ou corredores simples (lembra muito aquele RE3 para celular). Ja os Smartphones (N95 etc…) ganhou o parrudão que é esse ai que uns anos depois foram levados para o Iphone. Infelizmente com o desligamento da plataforma Symbiam da Nokia o site do N-Gage for transformado em uma loja de “joguinho de celular”.
Nota acho que deu pra perceber que sou fã da nokia HAUHSUAHSU
AHUAHAUAHAu ja te disse que num precisa ficar estressadinho com os comentarios?
Ja passamos dessa fase :p
O povo é doido xD
Sera que seria uma boa lançar RE: Degeneration pros consoles de mesa?
Acho que podia melhorar.
Sera mesmo?
Se for exatamente esse jogo dos celulares, com certeza não.
Bem, esse jogo poderia ser interresante no zeebo, mas o console já morreu, né? Eu quae comprei o zeebo pelo RE4… =/
Pois é cara eu também quase comprei um Zeebo. Pena que um mal plano de negocios e o surgimento do Android mataram o aparelho =/
se bem que o RE4 que a capcom portou para o parelho tava estranho kkk
O RE4 que a Capcom levou pro Zeebo é o mesmo do celular… é tipo uma versão piorada do iPhone
Ele é um port do primeiro RE4 que saiu pra celular muito antes do iphone ser lançado e rodavam em celulares que utilizava o sistema operacional BREW (da Qualcom) que alias é o mesmo sistema do Zeebo. E neles tambem todos os ganados eram azuis (smurfs HAUSHAUSHU). E a capcom não foi a unica que fez ports meia boca pro aparelho, namco foi a mesma coisa =/
Beleza.
D: , tinham que fazer um desse para Android
A jogabilidade não é um ponto ruim, por que quase todo os jogos de IPhone tem a jogabilidade ruim 😀
Oi, Evil Shady queria saber qual as chances desse game chegar ao android, e, se tem daqui quanto tempo?
Abraços
Acho dificil. Já faz tanto tempo que lançou…