B.S.A.A., Tricell, TerraSave. A série Resident Evil é lotada de organizações, algumas maléficas, outras em uma luta constante pelo bem. Porém, uma delas, presente apenas nos primeiros games da série, é a campeã na preferência dos fãs: os S.T.A.R.S., sigla em inglês para Esquadrão de Táticas e Resgates Especiais.
O esquadrão de elite da polícia de Raccoon City, fundado por Albert Wesker, foi o principal responsável pela descoberta das atividades ilegais da Umbrella Corporation após uma investigação nas montanhas da cidade. Isso não veio sem um preço altíssimo, já que a maioria dos membros da equipe acabaram mortos durante a missão. Ao revelarem a verdade, os sobreviventes foram desacreditados e tomados como loucos e drogados.
Dois dos personagens centrais dos últimos jogos da série eram também membros principais dos S.T.A.R.S. de Raccoon City, Chris Redfield e Jill Valentine. Mesmo muito tempo após a destruição da cidade, a dupla continua sua batalha contra a ameaça das armas biológicas e foram, inclusive, dois dos responsáveis pela fundação da B.S.A.A., Aliança de Avaliação em Segurança Biológica, na sigla em inglês.
Mas não é só isso
Nas novelizações da série escritas por S.D. Perry, o S.T.A.R.S. possui um escopo muito maior que o visto nos games. Os livros, que não fazem parte da cronologia, apresentam diversos esquadrões de elite em polícias de diversas cidades do mundo. Um segundo time, da cidade de Exeter, na Inglaterra, chega a ter bastante destaque, e é dito que o primeiro grupo do tipo apareceu em 1968, em Nova York.
Já nos filmes, o time é mostrado como tudo menos especializado. Apesar de também contarem com Jill Valentine em suas fileiras, os S.T.A.R.S. de Paul Anderson parecem policiais comuns, com pouca habilidade e massacrados sem dificuldade por Nemesis. Apesar de utilizarem armas mais pesadas, como metralhadoras ou rifles, a equipe dos longas é muito distante da vista nos games.
Mais próximo do que se imagina
A inspiração da Capcom para a criação do S.T.A.R.S. é desconhecida. Apesar da associação mais básica levar a equipes de elite como a SWAT, a multidisciplinaridade presente no time de Raccoon City faz pensar que essa talvez seja uma das poucas criações realmente originais da desenvolvedora. Afinal de contas, não é todo dia que se vê uma equipe de polícia que emprega em seu rol profissionais da química ou especialistas em tecnologia, por exemplo.
Inspiração ou não, existem alguns esquadrões com o mesmo nome espalhados pelas forças policiais de algumas cidades no mundo. Alguns até com atribuições parecidas às que sabemos que os S.T.A.R.S. de Raccoon City possuíam em dias “normais” de trabalho. Vamos a eles:
Special Tasks and Rescue, da Austrália
O STAR (sigla em inglês Resgates e Tarefas Especiais) do estado australiano de South Australia foi criado oficialmente em 1978, mas já existia bem antes disso. A ideia de unir os oficiais mais especializados na força policial da região surgiu de forma a facilitar o comando em situações emergenciais. Seu grande foco é o combate ao terrorismo e o controle de multidões em revolta.
O grupo é dividido em seções dedicadas a diversos tipos de operação, de forma a separar os oficiais da maneira mais especializada possível. A equipe principal, chamada de Setor de Operações, é responsável pela maioria das missões do grupo e tem autonomia o suficiente para solicitar o auxílio de setores secundários do STAR. Seus policiais são experts no uso de armas de fogo, pilotagem de helicópteros e desarmamento de bombas, apenas para citar alguns exemplos.
Há também a Unidade de Operações Caninas (com cães farejadores que encontram drogas ou localizam fujitivos), a Unidade de Operações Marítimas (responsável pela patrulha costeira) e a Unidade de Operações Montadas (com oficiais à cavalo, para controle de multidões). Além desses, há segmentos suplementares focados em treinamento, negociação com sequestradores ou situações com explosivos.
Special Tactics and Rescue, de Cingapura
Criado em 1978 com o nome de PTT (Time Tático da Polícia, na sigla em inglês), o STAR (Resgates e Táticas Especiais, em tradução literal) tem como lema “Vigilância, valentia e vitória”. Com visual imponente, o esquadrão se orgulha ter obtido 100% de sucesso nas missões atribuídas a ele desde janeiro de 1996.
O treinamento realizado com oficiais da Unidade de Operações Especiais da Polícia de Hong Kong foi o principal responsável pela mudança de direção da equipe. O time que antes era responsável pelas estratégias dos esquadrões de elite passou a ser uma das principais forças de Cingapura na guerra mundial contra o terrorismo, iniciada após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001
O STAR ganhou reconhecimento nacional em 2007, quando o ex-cabo do exército de Singapura, Dave Teo Ming, fugiu de sua base portando um rifle de assalto. Antes mesmo de poder utilizar a arma para atacar inocentes, ele foi preso em uma operação sorrateira da equipe, que não chegou nem mesmo a alertar os seguranças do Orchard Cineleisure, shopping no qual o fugitivo estava escondido.
Pasukan Tindakan Khas Dan Penyelamat Maritim, da Malásia
A Força Especial de Ações e Resgates Marítimos da polícia malasiana preferiu adotar um apelido simples para se relacionar com corporações ocidentais: STAR, ou Resgates e Tarefas Especiais, na sigla em inglês. A tropa de elite faz parte da Agência de Patrulhamento Marítimo da Malásia e tem como missão principal a realização de resgates e operações especiais com os quais a Guarda Costeira não é capaz de lidar.
O esquadrão é uma das principais forças malasianas na luta contra o contrabando, terrorismo e a pirataria, por serem responsáveis pela apreensão de produtos e prisão de acusados antes mesmo que eles cheguem aos portos do país. O STAR foi criado recentemente, em 2009.
Tais responsabilidades exigem profissionais extremamente qualificados e, até hoje, de mais de 200 inscritos, apenas 25 policiais conseguiram se tornar oficiais da equipe. O treinamento, digno de Capitão Nascimento, inclui provas de resistência, combate corpo a corpo e até mesmo etapas em que o candidato é abandonado completamente sozinho em terrenos inóspitos, como pântanos ou plataformas marítimas, sendo instruído a encontrar o caminho de volta.
Segundo o vice-almirante Dato’ Noor Aziz Bin Yunan, diretor geral do comando marítimo malasiano, a expectativa é que mais três times sejam formados até o final de 2012, totalizando 100 STARs.
O esquadrão não possui um site oficial próprio.
Special Tactics and Rescue, de Nova York
Apesar de não constituírem um esquadrão de resposta armada, os STARs de Nova York também são altamente especializados no que fazem. O Special Tactics and Rescue do Condado de Jefferson são, na verdade, um time de mergulhadores que auxiliam os bombeiros e policiais em qualquer tipo de emergência que envolva a costa do estado americano.
A especialidade dos mergulhadores do Condado de Jefferson é o mergulho sob o gelo, em condições que exigem extremo preparo físico e um equipamento adequado. Além disso, o extenso treinamento dos membros da equipe os tornou referência quando o assunto é resgate de vítimas de enchentes ou acidentes com embarcações.
Special Tactics and Rescue Services, do Tennessee
As semelhanças com a equipe vista em Resident Evil termina na sigla, já que os policiais do estado americano do Tennessee são especializados única e exclusivamente em resgates. Os membros do esquadrão fazem parte dos mais variados ramos de equipes de resposta rápida como paramédicos, bombeiros, mergulhadores e alpinistas.
Fundado em 1983, a equipe também atua juntamente à polícia local em investigações que envolvem crianças ou adolescentes desaparecidos. Sua atuação, porém, funciona de maneira complementar à da polícia comum ou bombeiros.
Sou extremamente viciada no universo Resident Evil, parabéns pela matéria e pelo site. Adorei.
Muito bacana sua matéria, seria legal tambem se você cita-se o GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais) de São Paulo. Abraço.
Nossa ,adorei a matéria .Parabens (;