Referências: Gorillaz – Clint Eastwood

Uma das bandas que eu mais gostava na infância, com certeza, era o Gorillaz. Não que eu entendesse muito de música ou algo assim, era pelo fato da banda ser um desenho animado. E um video clipe que marcou a época dos meus 10 anos foi Clint Eastwood.
Naquele tempo, eu nem sabia que o nome da música era em homenagem ao ator, e muitos anos depois eu percebi tanto o video quanto a própria faixa são recheados de referências.

O clipe é também o primeiro vídeo da banda.  Logo na primeira cena, o vocalista 2-D aparece com uma camiseta vermelha e branca, cores da Umbrella Corporation, com uma estampa T-Virus, responsável pela criação dos mortos-vivos da série.

Zumbis: “Every dead body that is not exterminated, gets up and kills. The people it kills, get up and kill”

O início do clipe, censurado em alguns países, traz uma fala do Dr. Foster, do filme Amanhecer dos Mortos (Dawn of the Dead, 1978), de George Romero. Escrita em japonês e traduzida logo depois para o inglês, a frase diz “Todo corpo morto que não é exterminado, levanta-se e mata. As pessoas que ele mata, levantam-se e matam”.

No cemitério, alguns gorilas zumbi surgem das tumbas e começam a perseguir Murdoc, um dos integrantes da banda. Quando ele está encurralado, os gorilas param e dançam a coreografia do video clipe Thriller, de Michael Jackson, que, OH WAIT,  também trata-se de zumbis.

Criaturas que se levantam de túmulos são um tema recorrente em vários filmes do gênero como A Volta dos Mortos Vivos (Return of the Living Dead, 1985) e Meu Pau de Camiseta do Castlevania (My Dick In a Castlevania Shirt).

Isso também aparece em Resident Evil. Em RE3, mortos se levantam das tumbas assim que Jill chega ao parque de Raccoon City. Já uma das primeiras cenas de CODE: Veronica mostra Claire cercada de inimigos saídos de covas. O filme RE Apocalypse também tem uma batalha de Alice e Jill contra zumbis que surgem da terra.

E digo mais…

O clipe, por ser parte ambientado em um cemitério, faz referência clara à última cena de “Três homens em conflito” (The Good, The Bad and The Ugly, 1966), com Clint Eastwood. Isso também conta para o refrão, que é quase uma descrição do final do filme.