Action figures da NECA: Resident Evil 5

No final de 2008, o mundo já se preparava para a chegada de Resident Evil 5 às lojas. O título, porém, não ficaria completo sem estar acompanhado de uma série de peças de merchandising. E, para a Capcom, nada melhor do que repetir uma parceria de dois anos antes, que havia resultado em grande sucesso e muito interesse.

No segundo semestre daquele ano, a Capcom anunciava mais uma linha de action figures de Resident Evil. Só que desta vez a pegada era um pouco diferente. Os bonecos não tinham mais a aparência de estátuas do lançamento anterior e apareciam cheios de articulações, com diversas armas e com a pose totalmente customizável.

A preocupação com a fidelidade, porém, continuou. Assim como nas coleções anteriores, a NECA teve a preocupação de modelar não apenas os personagens à imagem e semelhança de suas contrapartes virtuais, mas também suas armas e equipamentos. A primeira e única entrega de action figures de Resident Evil 5 foi composta por:

• Chris Redfield: 18cm de altura, 25 articulações e acompanhado da pistola M92F e shotgun Ithaca M37;

• Sheva Alomar: 18cm de altura, 20 pontos de articulação e com o rifle Dragunov SVD e pistola H&K P8;

• Executioner Majini: 19cm de altura e 13 pontos de articulação. Acompanhado de sua marreta/machado.

Ao contrário de linhas anteriores, a NECA preferiu não trabalhar com variantes para este lançamento. Sendo assim, as figuras chegaram aos mercados da Europa e Estados Unidos sem edições especiais ou versões modificadas. O lançamento aconteceu em abril de 2009, menos de um mês depois da chegada de Resident Evil 5 às prateleiras.

Um ano depois, com o lançamento de Resident Evil 4: Recomeço no mercado de home video japonês, o boneco de Executioner Majini passaria também a fazer parte de uma edição especial conjunta do filme. Focada nas relações entre games e longas, a Sony liberou um pacote que, além do boneco, trazia também o Blu-ray do filme, um livreto sobre a franquia cinematográfica e uma pequena coleções de cards com os personagens.

Problemas no caminho

Ao contrário da linha inspirada em Resident Evil 4, os bonecos do quinto game da série acabaram não se tornando tão raros do que o antecessor. As informações aqui são imprecisas. Não se sabe se o motivo para isso foi uma disponibilidade muito maior do que a da coleção passada ou por vendas que não atingiram o resultado esperado para as empresas.

O que se sabe é que, antes mesmo do início da produção da coleção de Resident Evil 5, a relação entre NECA e Capcom já estava estremecida. E o motivo para isso foi Albert Wesker. O principal vilão da série esteve nos planos de todas as linhas de action figures produzidas pela fabricante, mas a desenvolvedora dos games especificamente negou sua inclusão.

Os motivos não foram especificados, mas sabe-se que a NECA tinha intenção de incluir o personagem desde a produção da Série 1 de bonecos de Resident Evil 4. Em RE5, a Capcom decidiu determinar exatamente quais figuras seriam criadas pela fabricante e deixou Wesker de fora, criando um mal estar entre os responsáveis por tocar uma das coleções mais bem-sucedidas da história da companhia.

Os problemas continuaram quando a Capcom decidiu cancelar os planos para uma segunda série de bonecos de Resident Evil 5. A NECA continuava a ser uma empresa licenciada, mas não podia mais produzir action figures. Enquanto isso, a desenvolvedora japonesa voltava seus olhos para a Hot Toys e sua linha altamente luxuosa de action figures.

Após anos de marasmo, a parceria entre NECA e Capcom chegaria ao fim em 2012, com a produção de uma última action figure. O personagem Vector, de Resident Evil: Operation Raccoon City, fecharia com baixa qualidade um acordo que, anos antes, presenteou os fãs com as melhores e mais acessíveis figuras da franquia até então.